“Há quem goze de nosso uso do termo “TCHÊ”, ache até chulo-grosseiro este linguajar. Se soubessem a sua origem, aí abaixo relatada, talvez mudassem sua opinião.”
Sotaques e regionalismos na hora de falar são conhecidos desde os tempos de Jesus. Todos na casa do sumo sacerdote reconheceram Pedro como discípulo de Jesus pelo seu jeito "Galileu" de se expressar.
No Brasil também existem muitos regionalismos. Quem já não ouviu um gaúcho dizer: "Barbaridade, Tchê"? Ou de modo mais abreviado "bah, Tchê"?
Essa expressão, própria dos irmãos do sul, tem um significado muito curioso.
Para conhecê-lo, é preciso falar um pouquinho do espanhol, dos quais os gaúchos herdaram seu "Tchê".
Há muitos anos, antes da descoberta do Brasil, o latim marcava acentuada presença nas línguas européias como o francês, espanhol e o português. Além disso o fervor religioso era muito grande entre a população mais simples.
Por essa razão, a linguagem falada no dia, era dominada por expressões religiosas como: "vá com Deus", "queira Deus que isso aconteça", "juro pelo céu que estou falando a verdade" e assim por diante.
Uma forma comum das pessoas se referirem a outra era usando interjeições também religiosas como: "Ô criatura de Deus, por que você fez isso"? Ou "menino do céu, onde você pensa que vai"? Muita gente especialmente no interior ainda fala desse jeito.
Os espanhóis preferiam abreviar algumas dessas interjeições e, ao invés de exclamar "gente do céu", falavam apenas Che! (se lê Tchê) que era uma abreviatura da palavra caelestis (se lê tchelestis) e significa do céu. Eles usavam essa expressão para expressar espanto, admiração, susto. Era talvez uma forma de apelar a Deus na hora do sufoco. Mas também serviam dela para chamar pessoas ou animais.
Com a descoberta da América, os espanhóis trouxeram essa expressão para as colônias latino-americanas. Aí os Gaúchos, que eram vizinhos dos argentinos e uruguaios acabaram importando para a sua forma de falar.
Portanto exclamar "Tchê" ao se referir a alguém significa considerá-lo alguém "do céu". Que bom seria se todos nos tratássemos assim. Considerando uns aos outros como gente do céu.
Um abraço, Tchê!
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho "Made in RS"
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
sábado, 19 de janeiro de 2013
Orgulho De Um Povo - Símbolos do Rio Grande do Sul!
Orgulhos de um povo
Música tema da Semana Farroupilha de 2008, traz em sua letra os Símbolos do Rio Grande do Sul .
Composição: Letra: SILVIO GENRO Música: DUCA DUARTE
Interpretada por Cristiano Quevedo - TW: @quevedooficial
Eu sinto orgulho desse sotaque sulino...
De um povo que canta o Hino
Com respeito e devoção!
Dessa Bandeira, amado pano sagrado...
do mapa do nosso Estado
Em forma de coração!
De um povo que canta o Hino
Com respeito e devoção!
Dessa Bandeira, amado pano sagrado...
do mapa do nosso Estado
Em forma de coração!
Eu tenho orgulho das nossas rodas de Mate
E na paz que se reparte
Nesse gesto de oferenda!
Da cor alegre de um Brinco-de-Princesa,
Flor que enfeita com beleza
As tranças das nossas prendas!
E na paz que se reparte
Nesse gesto de oferenda!
Da cor alegre de um Brinco-de-Princesa,
Flor que enfeita com beleza
As tranças das nossas prendas!
Eu sinto orgulho
Do entono dos centauros
No trono dos seus Cavalos,
Preservando Tradições!
Eu tenho orgulho
Dessa Alma Farroupilha,
Chama Crioula que brilha
No sacrário dos Galpões!
Do entono dos centauros
No trono dos seus Cavalos,
Preservando Tradições!
Eu tenho orgulho
Dessa Alma Farroupilha,
Chama Crioula que brilha
No sacrário dos Galpões!
Eu sinto orgulho desse meu sangue Farrapo...
Brasão de Armas dos guapos,
Que nos trás tanta emoção!
Dessa heróica bravura dos Quero-queros,
Feito caudilhos austeros
Defendendo nosso chão!
Eu tenho orgulho dum churrasquito nas brasas...
Cordeona pedindo vasa
E a gauchada contente!
Eu sinto orgulho dessa fé que se revela
Num simples chá de Macela
Curando os males da gente!
Brasão de Armas dos guapos,
Que nos trás tanta emoção!
Dessa heróica bravura dos Quero-queros,
Feito caudilhos austeros
Defendendo nosso chão!
Eu tenho orgulho dum churrasquito nas brasas...
Cordeona pedindo vasa
E a gauchada contente!
Eu sinto orgulho dessa fé que se revela
Num simples chá de Macela
Curando os males da gente!
Eu sinto orgulho
Do entono dos centauros
No trono dos seus Cavalos,
Preservando Tradições!
Eu tenho orgulho
Dessa Alma Farroupilha,
Chama Crioula que brilha
No sacrário dos Galpões!
Do entono dos centauros
No trono dos seus Cavalos,
Preservando Tradições!
Eu tenho orgulho
Dessa Alma Farroupilha,
Chama Crioula que brilha
No sacrário dos Galpões!
Link Para o Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=-GbrUO72vO8
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Símbolos do Rio Grande do Sul - A BANDEIRA
A bandeira do estado do Rio Grande do Sul tem sua origem nos desenhos de rebeldes durante a Guerra dos Farrapos, em 1835, mas sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa; alguns apontam Bernardo Pires, enquanto outros apontam José Mariano de Mattos.
Ela foi adotada oficialmente, como símbolo do estado, logo nos primeiros anos da república. Mas especificamente, através do título VI da constituição estadual promulgada em 14 de julho de 1891.
No entanto, nenhuma lei posterior foi promulgada regulamentando o uso ou descrição da bandeira.
A bandeira só foi reestabelecida oficialmente no estado em 5 de janeiro de 1966, através da lei nº 5.213.
Desenho e dimensões
A bandeira rio grandense apresenta a proporção 7:10 (largura:comprimento), as mesmas utilizadas na bandeira nacional. Seu desenho é especificado através do artigo 6 da lei citada, cujo texto é o seguinte:
Art. 6º. O desenho do modelo padrão da Bandeira obedecerá ao módulo e às disposições constantes do Anexo nº 1.
I - Para cálculo das dimensões tomar-se-á por base a largura desejada, dividindo-se esta em cento e quarenta partes iguais para estabelecer a medida ou módulo;
II - O comprimento será de duzentos módulos;
III - A elípse referida no inciso II do artigo 4º terá setenta módulos de alto, no sentido da largura da Bandeira e sessenta módulos de largo, no sentido do comprimento da Bandeira;
IV - O lado menor do triângulo retângulo verde, ao alto e à esquerda, medirá exatamente setenta módulos, o mesmo acontecendo com o lado menor do triângulo amarelo, embaixo e à direita;
V - Igualmente medirão setenta módulos os lados menores do quadrilátero ascendente vermelho, entre os dois triângulos retângulos citados.
Algumas fontes alegam que as cores simbolizariam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho do sangue dos Farroupilhas, derramado na guerra.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Símbolos do Rio Grande do Sul - HINO
Hino do Rio Grande do Sul
LETRA
Francisco Pinto da Fontoura(vulgo Chiquinho da Vovó) MÚSICA Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha HARMONIZAÇÃO Antônio Corte Real Como a aurora precursora do farol da divindade, foi o Vinte de Setembro o precursor da liberdade. Estribilho: Mostremos valor, constância, Nesta ímpia e injusta guerra, Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra, De modelo a toda terra. Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra. Mas não basta pra ser livre ser forte, aguerrido e bravo, povo que não tem virtude acaba por ser escravo. Estribilho: Mostremos valor, constância, Nesta ímpia e injusta guerra, Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra, De modelo a toda terra. Sirvam nossas façanhas De modelo a toda terra.
Curiosidades:
O Hino Rio-Grandense é o hino oficial da República do Rio Grande do Sul. Tem letra de Francisco Pinto da Fontoura, música de Comendador Maestro Joaquim José Mendanha e harmonização de Antônio Corte Real. A obra original possuía uma estrofe que foi suprimida, além de uma repetição do estribilho, pelo mesmo dispositivo legal que a oficializou como hino do estado - A lei nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966.
Oficialmente existe o registro de três letras diferentes para o hino, desde os tempos da Revolução Farroupilha até aos nossos dias, até que finalmente foi resolvido por uma comissão abalizada qual seria a versão oficial, pouco antes dos festejos do Centenário da Revolução Farroupilha
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Trecho suprimido
Em 1966, durante o Regime Militar a segunda estrofe foi retirada oficialmente por referência à democracia de Atenas.
Entre nós reviva Atenas
para assombro dos tiranos
Sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos
LETRAS E AUTORES O Hino Rio-Grandense que hoje cantamos tem a sua história particular e, porque não dizer, peculiar. Porque muitas controvérsias apresentou, desde seus tempos de criação até os tempos de então. Oficialmente existe o registro de três letras para o hino, desde os tempos do Decênio Heróico até aos nossos dias. Num espaço de tempo de quase um século foram utilizadas três letras diferentes até que finalmente foi resolvido, por uma comissão abalizada, que somente um deles deveria figurar como hino oficial. O PRIMEIRO HINO A história real do Hino, começa com a tomada da então Vila de Rio Pardo, pelas forças revolucionárias farroupilhas. Ocasião em que foram aprisionados uma unidade do Exército Imperial, o 2° Batalhão, inclusive com a sua banda de música. E o mestre desta banda musical, Joaquim José de Mendanha, mineiro de nascimento que também foi feito prisioneiro era um músico muito famoso e considerado um grande compositor. Após a sua prisão ele, Mendanha, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas, ou seja a brilhante vitória de 30 de abril de 1838, no célebre “Combate de Rio Pardo”. Mendanha, diante das circunstâncias, resolveu compor uma música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A melodia composta por Mendanha era apenas musicada. E o capitão Serafim José de Alencastre, pertencente as hostes farrapas e que também era versado em música e poesia, entusiasmado pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo. O SEGUNDO HINO Quase um ano após a tomada de Rio Pardo, foi composta uma nova letra e que foi cantada como Hino Nacional, o autor deste hino é desconhecido, oficialmente ele é dado como criação de autor ignorado. O jornal “O Povo”, considerado o jornal da República Riograndense em sua edição de 4 de maio de 1839 chamou-o de “o Hino da Nação”. O TERCEIRO HINO Após o término do movimento apareceu uma terceira letra, desta vez com autor conhecido: Francisco Pinto da Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agrado da alma popular. Um fato que contribui para isto foi que o autor, depois de pronto este terceiro hino, continuou ensinando aos seus contemporâneos o hino com sua letra. A letra deste autor é basicamente a mesma adotada como sendo a oficial até hoje, mas a segunda estrofe, que foi suprimida posteriormente, era a seguinte: Para assombro dos tiranos; Sejamos gregos na Glória, E na virtude, romanos. O HINO DEFINITIVO Estas três letras foram interpretadas ao gosto de cada um até meados do ano de 1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul. A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas. No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe. O HINO DEFINITIVO Estas três letras foram interpretadas ao gosto de cada um até meados do ano de 1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul. A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas. No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe. Entre nós reviva Atenas |
Fonte: M O V I M E N T O . . T R A D I C I O N A L I S T A . . G A Ú C H O - M T G - R S
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
TIPOS DE CHIMARRÃO
Tchê, venda a página Escola do Chimarrão ( http://www.escoladochimarrao.com.br/index.php ) resolvi postar aqui alguns tipos apresentados por eles, pra gauchada fazer um mate de respeito!
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho
TIPOS DE CHIMARRÃO
1. Adicione duas colheres de erva-mate no fundo da cuia;
2. Coloque água fria até mais ou menos o meio da cuia;
3. Coloque a bomba no lugar;
4. Cubra toda a abertura da cuia com erva-mate;
5. Com o auxílio de uma espátula ajeite o barranco apalpaldo suavemente para que a erva forme uma parede;
6. No centro da cuia faça uma abertura de aproximadamente 1 cm de profundidade, umedeça, e com auxílio de uma espátula ou caneta empurre para dentro;
7. Depois basta cuspir fora o primeiro mate, servir água quente e está pronto.
Chimarrão Tradicional
1. Coloque 2/3 da cuia de erva-mate;
2. Acomode a erva num dos lados da cuia;
3. Coloque água fria ou levemente morna;
4. Coloque a bomba no lugar segurando pelo resfriador;
5. Com uma espátula ajeite o barranco, e está pronto o chimarrão.
Chimarrão Invertido
1. Coloque uma colher de erva-mate no fundo da cuia
2. Adicione água fria até o meio da cuia;
3. Coloque a bomba no lugar;
4. Feche metade da abertura da cuia com erva-mate (para o mesmo lado da bomba)
5. Com auxílio de uma espátula ajeite o barranco;
6. Umedeça o lado contrário da bomba e com auxílio da espátula perfure a erva-mate até alcançar a água e está pronto o chimarrão.
Chimarrão Achego
1. Coloque 2/3 da cuia de erva-mate;
2. Apóie a cuia na cintura;
3. Faça uma concha com a palma da mão, tapando parte da abertura da cuia;
4. Com o auxílio da bomba, puxe parte da erva-mate para fora, apoiando na palma da mão;
5. Deixe a bomba no lugar, escore com o dedo e coloque água fria;
6. Levante a cuia, derrubando toda a erva por sobre a água, fechando toda a abertura da cuia;
7. Com o auxílio de uma espátula ajeite o barranco;
8. Ao lado da bomba faça uma abertura de aproximadamente 1 cm de profundidade, umedeça com um pouco de água fria e com uma espátula ou caneta perfure o mate até o fundo;
9. Depois basta cuspir fora o primeiro mate e está pronto o chimarrão.
Cortesia: Escola do Chimarrão
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Os Gaúchos - por Arnaldo Jabor
Os Gaúchos
O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil . Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.
Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.
Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.
É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?"
Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la.
Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.
Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito americano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três.
Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais.
Neles, os durões se derretem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é "Chimarrão", do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como: "E a cuia, seio moreno/que passa de mão em mão/traduz no meu chimarrão/a velha hospitalidade da gente do meu rincão." (bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, até que é bonito).
Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País.
Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.
O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. (eu já sabia!!!rss) Além do gaúcho, chamado de machista", qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)?
Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outra praças: "legal às pampas", uma expressão que, por sinal, veio de lá.
Aos meus amigos gaúchos e não gaúchos, um forte abraço!
Arnaldo Jabor
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
DIRETRIZES PARA A PILCHA GAÚCHA.
Gurizada, se tu quer andar pilchado, ao menos usa uma pilcha descente e "Não te Fresqueia" , olha as regras que regem a pilcha Gaúcha!
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O Movimento Tradicionalista Gaúcho, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha, realizada em 29 e 30 de julho de 2005, na cidade de Tramandaí, aprovou as presentes DIRETRIZES para a “Pilcha Gaúcha”, conforme determina o parágrafo único do Art. 1º da Lei n° 8.813 de 10 de janeiro de 1889, com alterações introduzidas pela 69ª Convenção Tradicionalista Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2006, na cidade de Bento Gonçalves.
I - DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.
- BOMBACHAS: Tecidos: brim (não jeans), sarja, linho, algodão, oxford, microfibra. Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azul-marinho, verde-escuro, branca, fugindo as cores agressivas, fosforescentes, fugindo das cores contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa. Padrão: liso, listradinho e xadrez discreto.Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com punho abotoado no tornozelo. Favos: O uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional. As bombachas podem ter, nos favos, letras, marcas e botões. Obs.: roupas de época não podem ter marcas. Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm. Obs. - A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça. - As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas. - É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas.
- CAMISA: Tecido – preferencialmente algodão, tricoline, viscose, linho ou vigela, microfibra( não transparente), oxford. Padrão – liso ou riscado discreto Cores – sóbrias, claras ou neutras, preferencialmente branca. Evitando cores agressivas e contrastantes. Gola – social (ou seja, abotoada na frente, em toda a extensão, com gola atual, com punho ajustado com um ou mais botões). Mangas longas – para ocasiões sociais ou formais, como festividades, cerimônias, fandangos, concursos. Mangas curtas – para atividades de serviço, de lazer e situações informais.Camiseta de malha ou camisa de gola pólo – exclusivamente para situações informais e não representativas. Podem ser usadas com distintivo da Entidade, da Região Tradicionalista e do MTG.Obs.: Vedado o uso de camisas de cetim e estampadas.
- BOTAS: De couro liso nas cores: preto, marrom (todos os tons) ou couro sem tingimento. É vedado o uso de botas brancas. As botas “garrão de potro” são utilizadas exclusivamente com traje de época. A altura do cano varia de acordo com a região. Normalmente o cano vai até o joelho.
- COLETE: Se usar paletó poderá dispensar o colete. Modelo tradicional (do mesmo tecido e cor das bombachas, podendo ser tom sobre tom), sem mangas e sem gola, abotoado na frente com a parte posterior (costas) de tecido leve, ajustado com fivela, de uma cor só, no comprimento até a altura da cintura.
- CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais. Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- PALETÓ: usado especialmente para ocasiões formais, podendo ser do mesmo tecido das bombachas, na mesma cor ou “tom sobre tom” Obs: é vedado o uso de túnicas militares substituindo o paletó.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
- FAIXA: Opcional, se usada deverá ser lisa, na cor vermelha, preta de lã ou bege cru (algodão), de 10 a 12 cm de largura.
- ESPORAS: trata-se de peça utilizada nas lides campeiras. Nas representações coreográficas de danças tradicionais é admissível o seu uso. Obs: é vedado o uso de esporas em bailes e fandangos
- PALA: De uso opcional. Se usado deverá ser no tamanho padrão, com abertura na gola. Poderá ser usado no ombro, meia-espalda, atado da direita para a esquerda. Poderá ser usado em todos os trajes.
- FACA: O uso da faca é opcional nas apresentações artísticas e vedado nas demais atividades sociais.
II - DA PILCHA CAMPEIRA
Indumentária a ser utilizada nas atividades campeiras, tais como rodeios, cavalgadas, desfiles e outras lidas.
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais. Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
- CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola pólo. Obs. A camisa deverá estar sempre por dentro das bombachas.
- CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas internas, ou não, com uma ou duas fivelas frontais. Ou de couro cru, com ou sem guaiacas, sempre com uma ou duas fivelas frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto quando tiver um reforço na parte superior (cintura) imitando um cinto, com ou sem guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande (5 a 7cm).
- FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
- BOMBACHAS: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombacha no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm. Obs. - A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça. - As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
- ESPORAS: de uso obrigatório, sempre usado no calcanhar e com rosetas não pontiagudas.
- FACA: O uso da faca na cintura é obrigatório para as categorias dos peões, exceto na gineteada, vedado para piás e guris e facultativo para as demais categorias. Quando utilizada, a faca deverá ter no mínimo 15cm e no máximo 30cm de lâmina e ser adequada ao uso campeiro.
III - DA PILCHA PARA A PRÁTICA DE ESPORTES
Indumentária a ser utilizada nas atividades esportivas, tais como jogos de truco, bocha campeira, tava, etc.
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais, porém para as provas realizadas em locais cobertos, é vetado o seu uso.Obs. É vetado o uso de boinas e bonés.
- BARBICACHO: de couro cru, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijó em marrom ou cinza.
- CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
- CINTO (Guaiaca): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
- BOMBACHAS – com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use suas bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm. Obs. A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça. - As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
- CHINELO CAMPEIRO: em couro e fechado na frente.
- TAMANCO: com cepa de madeira, em couro e fechado na frente.
- ALPARGATAS: de lona com solado de corda, ou de couro com solado de couro.
- FACA: é vedado o seu uso.
OBSERVAÇÕES GERAIS PARA TODAS AS SITUAÇÕES: É vedado, por não fazerem parte da indumentária tradicional do gaúcho:
a. Bonés e boinas;
b. Barbicachos exclusivamente de metal; c. Chapéus de couro, palha, ou qualquer material sintético;
d. Cinto com rastra (enfeite de metal com correntes na parte frontal); e. Botas de borracha ou de lona.
Fonte: Diretrizes estabelecidas na 67ª Convenção Tradicionalista,
realizada em Tramandaí no ano de 2005. MTG - www.mtg.org.br
realizada em Tramandaí no ano de 2005. MTG - www.mtg.org.br
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho "Made in RS"
Fonte: Departamento de Cultura 13ª Região Tradicionalista
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Dicionário Bagualês:
Tchê, resolvi postar alguns termos gauchescos pra esse povo que as vezes me pergunta o que significa os termos que falamos. Direto do Dicionário de "Bagualês", ai vai:
Acolherar; Acolherar-se - Unir, juntar, juntar-se, associa-se.
Amargo - Chimarrão, mate amargo.
Bagual - Potro não domado, arisco.
Bergamota - tangerina, mexerica.
Bochincho - Desordem, briga; baile de ínfima classe.
Bolicho /e - Pequena casa de negócio; armazém; Bodega.
Cambicho - Apego, paixão, rabicho.
Campear - Andar procurando algo, Procurar pelo Campo.
Carreira - Corrida de cavalo, em cancha reta.
Cevar mate - Fazer o chimarrão e servi-lo às pessoas.
Charlar - Conversar, prosear.
Chasque - Recados ou comentário.
Chula - Dança em torno de uma lança colocada no chão.
Com o pé no estribo - Prestes a partir.
Crioulo - Natural de um determinado lugar, nativo.
De vereda - Imediatamente, logo a seguir.
Despacito - Devagar, pouco a pouco.
Entrevero - Desordem, confusão de pessoas, bagunça.
Espichar a canela - morrer.
Flete - Cavalo bom e de bela aparência; cavalo.
Gaudério - Pessoa que viaja muito; gaúcho; errante.
Guaiaca, rastra - Cinto largo de couro macio, com bolsos para colocar moedas.
Guaipeca, cusco -cachorro; cão pequeno.
Guapo - Homem belo, forte, valente, bravo.
Guasca - Tira de couro cru; gaúcho; valente.
Guri, guria - Menino, menina.
Lambada - relhada, laçaço.
Lambão - porcalhão, imundo.
Macanudo - Superior, poderoso, forte, rico.
Maleva - Malfeitor, perverso, mau, velhaco.
Matambre - carne dentre a costela e o couro; do castelhano.
Matear - Tomar mate, tomar chimarrão, chimarrear.
Matungo - Cavalo velho, ruim, imprestável; mancarrão.
Naco, naca -Pedaço, porção, fatia.
Pandorga - Pipa, papagaio de papel.
Patrão-Velho - Deus.
Pechada - Choque, encontrão dado no peito.
Pelego - Pele de ovelha, com a lã natural.
Peleia -Briga, luta, disputa.
Pilcha - vestimenta típica do gaúcho.(Botas ou alpargatas, bombacha larga, lenço, guaiaca, chapéu)
Pingo - Cavalo de estimação, bom, corredor, vistoso, fogoso.
Pulperia - venda, bodega,bolicho/e; casa de negócio.
Querência - Pago, lugar onde se nasceu, o rincão, o lar, a pátria.
Recavém - Traseiro, nádegas; parte traseira das carretas.
Redomão - Cavalo novo, sendo domado, ainda não bem manso.
Relancina - Repente, rapidez; repentinamente.
Retovar - Vestir com couro; envolver em couro (retovo - encontro nos pelegos)
Taita - Indivíduo valentão, destemido; em quíchua é Pai.
Tarecos - Móveis velhos; objetos sem valor.
Tererê - Mate com água fria.
Trompaço - Encontrão, choque, bofetão, pechada.
Xerenga - faca pequena velha, ruim. usada para picar fumo!
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho "Made in RS"
Acolherar; Acolherar-se - Unir, juntar, juntar-se, associa-se.
Amargo - Chimarrão, mate amargo.
Bagual - Potro não domado, arisco.
Bergamota - tangerina, mexerica.
Bochincho - Desordem, briga; baile de ínfima classe.
Bolicho /e - Pequena casa de negócio; armazém; Bodega.
Cambicho - Apego, paixão, rabicho.
Campear - Andar procurando algo, Procurar pelo Campo.
Carreira - Corrida de cavalo, em cancha reta.
Cevar mate - Fazer o chimarrão e servi-lo às pessoas.
Charlar - Conversar, prosear.
Chasque - Recados ou comentário.
Chula - Dança em torno de uma lança colocada no chão.
Com o pé no estribo - Prestes a partir.
Crioulo - Natural de um determinado lugar, nativo.
De vereda - Imediatamente, logo a seguir.
Despacito - Devagar, pouco a pouco.
Entrevero - Desordem, confusão de pessoas, bagunça.
Espichar a canela - morrer.
Flete - Cavalo bom e de bela aparência; cavalo.
Gaudério - Pessoa que viaja muito; gaúcho; errante.
Guaiaca, rastra - Cinto largo de couro macio, com bolsos para colocar moedas.
Guaipeca, cusco -cachorro; cão pequeno.
Guapo - Homem belo, forte, valente, bravo.
Guasca - Tira de couro cru; gaúcho; valente.
Guri, guria - Menino, menina.
Lambada - relhada, laçaço.
Lambão - porcalhão, imundo.
Macanudo - Superior, poderoso, forte, rico.
Maleva - Malfeitor, perverso, mau, velhaco.
Matambre - carne dentre a costela e o couro; do castelhano.
Matear - Tomar mate, tomar chimarrão, chimarrear.
Matungo - Cavalo velho, ruim, imprestável; mancarrão.
Naco, naca -Pedaço, porção, fatia.
Pandorga - Pipa, papagaio de papel.
Patrão-Velho - Deus.
Pechada - Choque, encontrão dado no peito.
Pelego - Pele de ovelha, com a lã natural.
Peleia -Briga, luta, disputa.
Pilcha - vestimenta típica do gaúcho.(Botas ou alpargatas, bombacha larga, lenço, guaiaca, chapéu)
Pingo - Cavalo de estimação, bom, corredor, vistoso, fogoso.
Pulperia - venda, bodega,bolicho/e; casa de negócio.
Querência - Pago, lugar onde se nasceu, o rincão, o lar, a pátria.
Recavém - Traseiro, nádegas; parte traseira das carretas.
Redomão - Cavalo novo, sendo domado, ainda não bem manso.
Relancina - Repente, rapidez; repentinamente.
Retovar - Vestir com couro; envolver em couro (retovo - encontro nos pelegos)
Taita - Indivíduo valentão, destemido; em quíchua é Pai.
Tarecos - Móveis velhos; objetos sem valor.
Tererê - Mate com água fria.
Trompaço - Encontrão, choque, bofetão, pechada.
Xerenga - faca pequena velha, ruim. usada para picar fumo!
Correspondente: Baita Bagual - Status:100% Gaúcho "Made in RS"
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